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Sei que escrevo na água,
mas não me importa,
porque sei que escrevo.
mas não me importa,
porque sei que escrevo.
Vou no río,
sou nele,
não o explico,
não o defino,
não o crio,
simplesmente vou no fluir.
Sombrio eu,
meu rastro não tem intenção de sê-lo,
como o río não a tem e, se é río,
o é porque vou nele,
por não ser assim nem río seria,
como eu não seria sem o río.
E tu,
que olhas desde a margem,
desde fora da escrita,
somente achas ver um fantasma,
uma alma perdida,
sem saber em nenhum momento
que eu estou ali.
Mas não me importa,
porque sei que escrevo na água
e porque sei que tu es em mim.
(Ilustraçao: ALBERTO VÁZQUEZ)
1 comentario:
escrevemos sempre
na água.
de mim
receio
criar
guelras
e
coaxar
de finitiva mente,
( é o meu
maior
medo,
*
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