esta noite não me deitei, nicholas
ficámos a arrumar a roupa de inverno, a chás e café
( ajudaste aqui e ali,
como se fizesse sentido,
sorrias à minha ingenuidade
mas continuei imperturbável,
( bem sabes como sou obsessiva
como sou clara e limpa nestas coisas
porque havemos de deixar tudo desarrumado
cada vez que mudamos de lugar!?
pois, eu sei, eu sei, a nossa arrumação
é uma coisa muito própria,
pronto, é, mas não faz mal,
e arrumei e erromei [
como se me fossse possível
esperar por um amor mais vivo que o teu
( como se tal existisse,
e assim, como se fosse possível
sobreviver às papoilas,
às giestas,
às giestas,
às 3 pintinhas dentro das flores da esteva
) lembras-te?
( eventualmente às íris do arco
à brancura sexual das luas
ao sopro afrodisíaco de maio,
ao sorriso de cinza luminosa que me davas
à tua líquida língua
) voz rosa-fruto
( eventualmente às íris do arco
à brancura sexual das luas
ao sopro afrodisíaco de maio,
ao sorriso de cinza luminosa que me davas
à tua líquida língua
) voz rosa-fruto
[ foto de maria flores, alterada
.
4 comentarios:
[ e sim, bem sabes, se não estivesses ali, a escrever sobre mim,
tinha escrito eu
a s carta s
a dizer como era tão
verdade como incrível
o que os vivos sabiam
e o que nós sabíamos
por dentro de nós,
~
Treis pintinhas, sim, nao tou morto, mais me lembro e tambem tenho um amor vivo.
R.
Um poema tao íntimo como quente, no meio da noite.
R-Eu
eis o calor da criação que aquece os desejos dos corpos ao luar
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