No treze de Maio a virgem Maria desceu dos céus a Cova de Iria?
Amanhã não vou a Aljustrel,
não vou desobedecer a Deus,
não vou pensar nele,
não vou ser mais nada que um ser,
nada de cantor.
Amanhã não vou ir a Aljustrel,
não gosto de ver crianças mortas,
prefiro senti-los guardar os rebanhos,
brinc-ar às cinco pedrinhas,
pens-ar as suas sensações
e que sejam felizes assim,
sendo ser-es.
não gosto de ver crianças mortas,
prefiro senti-los guardar os rebanhos,
brinc-ar às cinco pedrinhas,
pens-ar as suas sensações
e que sejam felizes assim,
sendo ser-es.
Amanhã,
re-negarei a ment-ira da fé,
o ven-to só falará do ven-to
e eu cumprir-ei com meu dever de não querer perceber,
com meu dever de sent-ir,
assim,
por fora,
como se eu fosse a natureza.
Amanhá, vou ter contigo
re-negarei a ment-ira da fé,
o ven-to só falará do ven-to
e eu cumprir-ei com meu dever de não querer perceber,
com meu dever de sent-ir,
assim,
por fora,
como se eu fosse a natureza.
Amanhá, vou ter contigo
"In memoriam de crianças mortas, de poetas sózinhos, sem ambições"
3 comentarios:
Este poema tá cheio de referenças a Alberto Caeiro e o seu Guardador de Rebanhos.
Quando um nao posse chegar a ser como ele foi, só lhe quedam as referenças.
E ainda bem!
Ele foi quem diz:
"Ser poeta nao é umha ambiçao minha,
é a minha manheira de estar sozinho"
nunca aljustrel
flo riu
( res piraram
amargo-amor
camas-de-tojo
os
pastor
inhos
~
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