Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


28/8/09






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[ mo nó logo ]













não sei para que estás a-ler-
a-respirar



não sei para que estás a comer a beber a bocejar


a sangrar

como boca de peixe a abrir

a fechar


não sei porque dormes pra esquecer pra


lembrar


pois não sei pra quê não sei não sei,


que nome não-dar-que-nome-morrer


que nome-nascer-por-onde-gr ii t aaaaaaaaaa r






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26/8/09






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25/8/09

















Muero a todo,

excepto a tu sobre-vivencia.


Muero al dolor de sentirme un saxofonista,

al llanto que tengo constante por dentro,

muero en mi pánico absurdo, que me aterra,

muero cada día que vivo sin saberte sabiéndote.


Muero a todo el eco de aquellas palabras

que no fueron escritas, sino dichas:

Asegurame!

Nao posso!


Y sobre todo,

muero al abrir los ojos y ver que no veo con ellos,

y ver que estoy ciego de tu boca,

de tus manos,

de tu piel

y de tu amor,

aunque al abrir los ojos,

mis ojos ven todo esto y lo sienten,

porque tu sobrevives en ellos mientras muero.









24/8/09









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rastejando vales












sobre-vivo a tudo:
à primeira morte e à segunda
à seta de s. sebastião

ao degredo da infância ao frio
à mudez ardilosa do poço às caves
à noite vermelha-no centro dos olhos
à mais sanguínea-sede ávida de verde

e-sobre-vivo-agora



[ depois do
comboio-fantasma-às-voltas
no peito esmagado ]

à visão da pele arrancada do santo
aos dedos de sangue ao diabo pintado
aos olhos dos sinos páginas em branco
ao-osso-rói-osso da tela da igreja


sobre-morro-agora-e-sobre-vivo


da ausência da alma:
talhada na carne de engano-puro
letrinhas floridas floreira-de-incên-dio

palavras e cantos-medusas e anjos
gibóia-de-sal os dentes em riste
das águas infectas-olho de ciclope
seu ovo na lama silên-cio de elipse







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2/8/09







Cartas portuguesas, amor, o café da manhã, amor, o cruzamento destas duas ruas, amor, o beijo que tu me deste, amor, o casaco a quadros, amor, a lagóa grávida, amor, os poemas de Torga no vidro, amor, a pensão onde lavaste o meu cabêlo, amor, a casa de férias do río, amor, a feira de Lisboa, amor, teu corpo vestido, amor, teu corpo meio vestido, amor, teu corpo meio nú, amor, teu corpo nú, amor, teu pé doente, amor, o [Caixaforum], amor, meu retorno àquele quarto, amor, a tua morabeza, amor, nossa ínsua deserta, amor, a cabana na foz, amor, tudo o que escrevemos, amor, tudo o que não escrevemos, amor, a poesia não publicada a concurso, amor, meu [portuñol], amor, o meninho Jesús, amor, os sinos, amor, os poços, amor, o poço, amor, teu vestido aberto, amor, as luzes ao outro lado do río, amor, o queijo, amor, teu pai, amor, tua tia, amor, minha tia, amor, a areia ancorada àquela praia, amor, a bolinha verde, amor, o ar na cara na moto, amor, toda tua ausência, amor, tantas coisas que ainda não sei, amor, o amor, amor, teu amor, amor, meu amor, amor, amor, amor, amor...








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