Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


4/6/09






















Minhas palavras não servem para nada,
não são nem dança imóvel,
nem fios de luz,
não salvam as barreiras do caminho,
não são nem o que são.


Minhas palavras são tão ocas
como minhas veias e artérias,
correm por elas com meu sangue,
tão infectadas e infecciosas como ela,
igual de in / prescindíveis ou prescindíveis / in.


Minhas palavras não servem para nada
que não seja sentir o que sinto do outro lado,
mesmo que morram mais nada senti-lo,
mesmo que o senta até morrer ou até matá-las.


Minhas palavras só são para ser,
existem em mim mais que eu mesmo,
invadem este país absurdo
no qual não posso viver.


Minhas palavras,
estas,
outras,
todas,
tudas,
escritas ou não,
ditas,
caladas,
prometem-me o tempo da vida
e nem sequer me dão o que vivo.


Minhas palavras não servem para nada
e as saco de mim para tirá-las,
porque quero eu ocupar o lugar
que minhas palavras ocupam em mim.


Mas eu já não sei se minhas palavras são minhas,
se eu sou delas,
se elas sou eu,
ou se és tu quem escreve estes versos.










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