Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


26/11/09


















Monstro minúsculo e latente,
coração tão desgraçado,
grão semeado com a semente
do esquecido e nunca arrumado.





Monstro duma só cabeça,
dragão que vomita sua fé,
com aquela fereza certeza,
de quem acredita naquilo que não vê.





Monstro que esconde a menina
que soltamente pretende dançar,
só escutar ao seu pai cantar
aquela canção tão pequenina.





Monstro obrigada a ser monstro,
a percorrer o seu próprio caminho,
monstro do medo disposto
a fazer um grelhado entrecosto
com um medo tão mesquinho.




Monstro com corpo e nome,
que habitas na alma do tempo,
que reconheces o desconcerto
de ter esquecido aquele vento
que trouxe ate ti o teu homem.





Monstro que merece o perdão
que todo monstro merece,
monstro que no castigo cresce,
e perece na sua solidão.





Monstro isolado e vadio
do mundo e sua mudança,
monstro, a menina dança,
e seu pai no algaravio
faz que a agua do rio
nunca precise vingança.








1 comentario:

in_side dijo...

todos nos habitam e desabitam

revestindo de novo

e por vezes

o seu corpo

inaugural

acolho-os

: no nariz

ecos de vento

pergaminhos

ramos de giesta

celebrações

excomunhões do gesto

e

poços

poços

poços




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