Estou farto de medir o tempo dos caramelos de cores,
dos laços feitos de fitas espalhados pelo mundo inteiro,
de gerir a vida como se a vida fosse a minha empresa,
da mecânica dos fluidos que explica o voo dos pássaros inexplicáveis.
Estou farto de tudo o que não escolhi,
de tudo o que me foi dado sem eu o querer receber,
farto da devoção fingida da bondade dos homens e mulheres bondosos,
dos sofismas tópicos, dos eufemismos disfémicos,
das perífrases verbais onde a palavra não se faz carne.
Mais sei que tudo pode ir a pior (Porque já foi),
e não me vou render a vontade daquilo
que não pode ser superior a mim próprio,
não vou deixar de escrever nem de respirar,
embora isso seja o único que algum dia me possa ficar,
embora morra escrevendo ou afogado,
porque sou carne e sangue no que sinto
ate a ultima letra e o ultimo suspiro da minha vida.
dos laços feitos de fitas espalhados pelo mundo inteiro,
de gerir a vida como se a vida fosse a minha empresa,
da mecânica dos fluidos que explica o voo dos pássaros inexplicáveis.
Estou farto de tudo o que não escolhi,
de tudo o que me foi dado sem eu o querer receber,
farto da devoção fingida da bondade dos homens e mulheres bondosos,
dos sofismas tópicos, dos eufemismos disfémicos,
das perífrases verbais onde a palavra não se faz carne.
Mais sei que tudo pode ir a pior (Porque já foi),
e não me vou render a vontade daquilo
que não pode ser superior a mim próprio,
não vou deixar de escrever nem de respirar,
embora isso seja o único que algum dia me possa ficar,
embora morra escrevendo ou afogado,
porque sou carne e sangue no que sinto
ate a ultima letra e o ultimo suspiro da minha vida.