Esta flor preta que é mais que uma clara escuridão,
que é a tinta das letras do luto da palavra.
Esta flor marrom que é a terra que tenho,
que é o caminho ao lado do vento que flui.
Esta flor salmão que vive pelo água da vida,
que é o retorno à fonte onde nasce o río.
Esta flor vermelha que é o sangue que vou sangrando,
que é também o sangue que não posso sangrar.
Estas flores não são minha vida,
não são a poesia,
nem as cores,
nem o tempo de crescer.
Estas flores não são nada se não as posso esquecer.
1 comentario:
talvez uma semente de tulipa seja a única flor real que me ocorre,
eu uma tulipa vermelha, pequenina, cheia de espantos, a crescer numa manhã de sol, dentro dum frágil corpo matinal (
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