Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


28/2/09















Raciocinar as coisas,
significa (às vezes) perdê-las.


Não perguntar-se por elas,
nega (às vezes) sua razão.




Pensar ou não depende só de nós,
a existência das coisas não.













Foram as pedras as que se assombraram ao ver elas a alegria de nossa alegria.

As pedras falarão disso para sempre,

sim,

as pedras falarão.




















V Poemas (?) desnecessários que escrevi







I


Tenho a saúde que das-me,
sim das-me doença,
essa é a saúde que tenho.


E não há medicina que cure isso,
nem vírus que o mate.










II


Não tenho mas que a vontade de ser,
ser é diferente,
precisa da vontade e do colo da alma.

É como ser vento,
que precisa de ar e que o ar circule.

Mas sem sossego,
o vento é um furacão desordenado.

Não descobri nada,
Não é?
Porque nada descobrem as palavras.









III


Percorrer um povo desconhecido,
a tua espera,
é desconhecer um povo,
os nomes de suas ruas,
os da gente,
e até o barulho da água da fonte.


Percorrer um povo desconhecido a tua espera,
não dá mais conhecimento do qual se tinha,
porque ainda continúo a tua espera
em um povo desconhecido.









IV


Folhas de papel escritas,
que não mudam as cores das coisas,
que só crescem em número,
que, no final, não encerram nada,
que estão tão abertas como o céu,
que são tão planas como o encefalograma dum morto,
tão claras como a neblina,
tão minhas como tu.

Folhas de papel escrito,
que são tão verdade
como a dor do medo da mentira.







V



Eu devo ser só um dos que te assediam,
só um mais daqueles que sabem
que em ti há muito mais
que uma mulher antiga,
que uma menina com nome e sem sobrenome,
que uma mãe,
que uma conseqüência da terra,
que uma retornadora,
que uma vontade insubornável,
que uma fé nos milagres,
que um eco de sinos,
que uma fidelidade blanca,
que uma procuradora da dança infinita,
que uma experimentadora da vida,
que uma apaixonada dubitativa,
que uma escritora do tempo,
que uma letra grega,
que uma mulher que é chapéu,
que um elefante,
que uma nudez no ar,
que uma em todas as estações,
que uma maluca da chuva,
que uma...
que uma...
UMA.

Tu és só uma
e eu sou (ou devo ser)
só um dos que te assediam.

Mas não sou,
porque sinto tudo isto e me foi dado por ti.







Escrevi cinco poemas desnecessários,
eu preferia não haver escrito nenhum.






25/2/09

















Não sou um agente secreto,






não tenho nem quero forma para matar,




só quero ser descoberto a viver com os vivos.














Não há mais certezas que as que um sente,
aquelas pelas quais se cresce,
pelas quais se morre,
pelas quais se vive.



Não há mais certezas que aquelas
das que um dúvida constantemente.











La duda constituye un estado de incertidumbre y un límite a la confianza o la creencia en la verdad de un conocimiento. Su contrapuesto es la certeza.
Puede proyectarse en los campos de la decisión
y la acción, o afectar únicamente a la creencia, a la fe o a la validez de un conocimiento.
Si le antecede una “verdad”" convencionalmente aceptada, la duda implica inseguridad en la validez de ésta.
Lo característico de la duda es la suspensión de la decisión en orden a la acción o de la afirmación de una proposición respecto a un conocimiento respecto a su validez como verdadero.

Cuando la duda se acepta como ignorancia puede ser fuente de conocimiento por el estudio y la crítica.





24/2/09











Abrir os olhos para sentir a vida correr por mim sem pensar,
sem pensar em nada,
nem no sol,
nem em ninguém,
nem em mim,
nem em ti,
nem em phi,
nem em pi.






E sentir que a vida que corre por mim
já encerra tudo isso em infinita liberdade.





Assim deve ser o sol quando o vejo,
como uma laranja cujo jugo entra em mim ao comê-la.










Nos olhos de Alberto Caeiro. em 1914, sem que tenha passado mais tempo que o que não existe.



















Dalhe tempo de ser para ser
ao último homem da tua vida
e será então ele e último
e dará-te todo o tempo de ser.
























Um dia direi-te estas palavras,
(já eu em ti)
e saberás que as escrevi
para dizer-te que um dia
direi-te estas palavras.


Então, desaparecerão.





23/2/09























Este corpo posse voar,

só precisa as ~asas~

























Esta flor preta que é mais que uma clara escuridão,

que é a tinta das letras do luto da palavra.









Esta flor marrom que é a terra que tenho,

que é o caminho ao lado do vento que flui.








Esta flor salmão que vive pelo água da vida,

que é o retorno à fonte onde nasce o río.









Esta flor vermelha que é o sangue que vou sangrando,

que é também o sangue que não posso sangrar.





Estas flores não são minha vida,

não são a poesia,

nem as cores,

nem o tempo de crescer.

Estas flores não são nada se não as posso esquecer.














Yo sé como hacer un cuerpo ~leve,

como transformar un peso muerto

en un pájaro inexplicable que vuele.






No es difícil cuando bebo de tu boca,

cuando te regalo una flor,

cuando veo como te vistes,

cuando me das de comer naranjas con tu mano,

cuando te siento en cada lágrima que lloro.






Lo que aun no sé,

es volar como un pájaro inexplicable,

mantenerme en el aire que me das

y fluir como un fluido que fluye sin motivos,

sin necesidad de decirlo con palabras.






Pero cada vez más me des-aprendo

y me des-prendo de la gravedad,

cada vez siento más ~levedad,

cada vez más,

más quer-ido,

más mío,

más tuyo,

más a-ir-e que no explic-ar.



~

~


~




21/2/09






Este poema,

quase com toda segurança,
vai morrer sem sentido,
igual que morrem as crianças,
como o fazem todos os poemas que escrevo.





E se alguma dúvida sobrevive,
se ainda fica um átomo de sentido nele,
será unicamente o de matar-me
e eu não quero morrer aqui.





Vou-me embora deste poema sem sentido,
passando acima do meu cadáver.












Penso em ~ti,






penso tanto em ~ti







que ate posso sentir-te.








E o que eu quero é ~sentir-te,






~sentir-te tanto,






que ate não possa pensarte.




20/2/09




~









era tanta coisa para

fazer

( as visitas as compras escavar




arrumar gavetas

dissecar faróis

pintar os pós ( assorrisar-se



fechar a guarda abrir o sol



apertar parafusos

atravessar multidões

cuspir os números rasgar os

códigos

cortar à faca coser botões



fugir à chuva abrir as covas

comprar cadências

contar avós ( de cera e mós

dissecar notícias

espumar o corpo

arrancar lençóis


apelar circulações


( de novo às covas

lançar as pedras

fazer as camas - deitar-se nelas

murmurações



e dar os nós e dar a voz e ser



de só(s









.


Por um mundo novo que o meu não seja,

onde eu só tenha o vazio ao pensar,
por um mundo cheio, tenho a certeça,
onde econtre um caminho que caminhar.





Pelo mundo novo que eu não vivo,
onde espera um río pra ver-me passar,
por esse mundo é que eu busco e persigo
poder por sempre meu mundo deixar.









.

19/2/09











Pra amar não basta o amor,
o querer amar,
amar-te.










Pra amar precisso não saber-me,
esquecer o que não sou,
des-prender-me,
des-aprender-me.








Esta é a luta,
a guerra que ganhar,
o fogo que me consome.







~






habitar-de-fogo

retirar o anzol

da antropofagia

( fogo-nunca-cinza

na-boca-de-in-cêndio-verbo-trans-itivo


) onde a superfície do tronco

se expanda e

ate preciso - o riso ao riso em

) rosado

líquen







~

FOGAR A HABITAR








Habitar-es em mim

pra habit-art-e assim.









Aí mora a raçao desta procura,
a melhor explicaçao desta loucura.








Habitar-nos os dois num fogar
que nao precise raçoes que procurar.








18/2/09








Abro a porta de mim,

umbral de transformação emocional,

esse não espaço pelo que a pele

perde ou ganha o que levo dentro,

esse intercambiador de enlace

entre o que entra e o que sai,

sempre nesta viagem

e pergunto: Há alguém aí?



Mas não sei sim pergunto desde fora de mim a mim mesmo,
ou sou eu mesmo o que pergunta.




Em ambos casos,
a porta de mim abre-se,

porque eu acho que é preciso
querer-nos habitar
e que nos habitem.






2/2/09






~


brid______ge








à janela desta longuez conventual estranho o nome do tempo
pul-so-do-min-go-mi-nu-to-ter-ça-fe-ve-rei-ro-voilá-ainda-a-cor-dar

suponho tão ou-tro noct-ambular ( a conjugação da cereja o arrolar delicado
estações desertas amoras de estrada romãs coroadas




e maçãs agrestes-e-azedas-áci-das dentes-de-leão e raízes-de água-
-tranquilas-nos-dedos manhã-de-alvorada
( aqui-tão-calada-a-deambular

ainda-ser-cedo-da-manhã-ser-tarde ( manhã-que-penteie-manhã-s
de-va-gar que en-tran-ce-de-aromas-a-sândalos-sais
poe-ma-de-cor na luz-que-se-vai


( já-tão an-cor-ada







.



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