Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


5/1/17



















No inicio, caminhei por diante de mim,
destrozando a floresta toda,
sem atender a mais nada que ao que aparescia,
pretendendo ser o descubridor da fonte,
dando golpes de machete a tudo,
matando a vida sem conhecemento.

Depois, caminhei ao meu lado,
atento eu a nao romper nada,
preveendo as fervenzas e as simas,
respeitando o natural dos matos,
afastando, sem partir, os ramos picudos,
olhando em cada regato uma fonte.

Finalmente, vou por diante de mim,
esclarezco o meu caminho para mim proprio,
sempre atento, sempre, porque eu mesmo venho por trás,
com o meu olhar e o meu coraçao ja abertos ao trilho,
ao percurso de viver e ser,
sem medo de romper nada, de cair por fervenzas,
simas ou enganarme na direcçao do percurso.

Sei a onde vou e o que quero,
sei que estou no caminho certo,
porque ja fum tudo o que dijem que fum,
porque ja nao o sao,
porque ja bebim da fonte eterna do que quero,
porque ja sei onde está a agua que me alimenta,
porque ja nao pretendo descubrir nada,
porque ja nao quero regato nenghum,
porque ja cheguei a verdade.
Porque ja fiz amor contigo.


Natal 2016.





2 comentarios:

Anónimo dijo...

o tempo que essa água da fonte demorou... tanto tempo perdido, tanta vida gasta, tanta morte acolada: eu olho pelo tubo do passado a amplidão inteira.
ainda.
passará algum dia esse lugar de ser dor?

Anónimo dijo...

Gosto deste poema em palavras, mas gostava bem mais de o seres sem palavras, pura obra.
o amor são os feitos, diz Pessoa.



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