as casas dos meninos são transparentes
habitadas por olhos de peixes obliquados
que se movem bem no fundo do mar morto
parado mar sonso insondável
ali abrem os peixes as asas e as janelas
abrem e fecham a boca de quem passa
e vão rodando e vão mostrando as guelras
como bolas de sabão da cor da graça.
~
composição gráfica de Ignacio Iturria.
1 comentario:
Um poema com muita profundidade, como o fundo do mar onde se movem os meninos.
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