Minha boca respira do ar a voz que te diz desde meu peito.
Tu és em meu peito
e meu peito vive em mim,
eu dele.
E é tão inevitável falar contigo dentro,
como o é parar o ar que respiro
e morrer sem dizê-lo.
Por tanto digo-te com meu peito,
retorno-te ao ar,
enquanto espero o regresso de tua boca a minha carne,
a volta das cicatrizes de teu peito,
tua chegada fora do poema e as palavras.
Eu sei que no ar,
estão os nomes de todos os poetas mortos.
1 comentario:
eu só sei que estou acordada e viva
eu só sei que tudo-em-ti,
[ nada de palavras te digo
nada,
,
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