Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


17/4/16

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“ Vou eu com Platero…”  CXXVII Juan Ramón Jiménez in Platero e eu
Tradução de Luís Lima Barreto  para português


Poema do lugar - segundo ( caminhos e praças )

espero eu que algumas das sementes desta hora
alastrem sobre o platerado plástico instalado e logo
madressilvas amarelas  de luz mansa
se acerquem do cume dos pinheiros  
para o céu das paisagens de Moguer

que ali se elevem as saias clandestinas e imensas das monjas
e lhes renasça um rubor na face acinzentada
no pátio do poço onde o coração de colombo ainda erra:
um rubor que justifique os morangos amarando
na mudança cálida, estufada e plástica do tempo aprazado

embora e também outro seja o tempo simultâneo
no eco sempre igual da malva transparente,
na praça exacta das mesmas badaladas
que pelas esquinas se soltam da boca de Juan todas as cores - invocadas palavras
numa dança de ramos enleados nesta escuridão tão profundamente clara



misteriosas madrugadas, brancas fontes liriadas  
imanescendo tranquila a água da eternidade onde Platero navega sorrindo
pastando elegias e acrobacias risonhas no circo aquático do porvir
agora mesmo, na Primavera precoce deste dia inalterado
desta manhã e desta noite, já muito tarde.
~

2 comentarios:

phi dijo...

Fermosa invocaçao do maravilhoso, do verdadeiro.
Dum pai de palavras e outro de verdade.
Sim, acho este poema muito meu e de ti.

phi dijo...

E acho a fotografia dentro do poema, tambem, como tu.



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