Escucho el silencio del tiempo que pasa _ escuto agora o silêncio, me quedo con él y en él, entro en las letras y en los números _ atravesso letras e números, embalo e calo _ las callo y los cuento, busco el prodígio de la relación constante _ afloro o prodígio da relação constante, a assombrosa claridade do silêncio, o encontro transparente da verdade _ el asombro cintilante de la vida ____ SOY pi & phi _


15/2/16


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o vazio enchera as cordas de silêncio, na casa que há muito fora desabitada -
ali se criavam as cegas flores que desfaleciam no desgarrado interior das paredes
permanecendo embora os sinais dos seus gestos 
nas raizes secas misturadas no musgo e nos corações por ali acantados - esses que os raros visitantes tinham desenhado enquanto esperavam, de olhos postos no longe do ar.

de vez em quando a porta abria-se sozinha num recordar entrecortado de sons bebidos num fado de agudos ventos cruzados.
apresentava-se então



a casa abandonada -
na sua entrada de veludo claro, o ameno ritual dum fino fio de luz no seu misterioso movimento, como pupila de corvo-marinho a mergulhar.
quando de novo se fechava, sempre devagar, uma pedra de gelo azul sibilava no chão metalizado dos longos dias desertos do planalto: a casa queria de novo ser água e ser fogo.
salpicos da memória como conta-gotas nas veias pétreas da casa, choravam e rolavam sem parar: polares soluços correndo sedentos da lava quente do tempo no claro rosto da parede triangular.

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3 comentarios:

phi dijo...

A casa desabitada e abandonada?
Nao me parece, nao.

~pi dijo...

é algo de às vezes, no fundo mais fundo da terra.
há dias em que entro em buracos de terra e ali convivo com os insetos
e não como nem durmo, porque já é o outro lugar a desenhar-se no contacto áspero e ali permaneço, pois sem tempo nem lugar - só terra pura da terra.

~pi dijo...

https://youtu.be/wAmtLN4PlLU
terra s



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