Há um homem afundando-se na água do rio que o olha,
afogando-se baixo a ponte que cruza o rio,
afundando-se no água da chuva que cai do céu,
afogando-se no céu ao que se cai sem remédio.
afogando-se baixo a ponte que cruza o rio,
afundando-se no água da chuva que cai do céu,
afogando-se no céu ao que se cai sem remédio.
Há um homem caminhando em círculos,
com a vida extraviada entre suas mãos,
com as mãos intrometidas nos bolsos,
com os bolsos cheios de suas mãos.
Há um homem só na estação vazia,
entre os escombros do tempo abandonado,
lembrando aquele comboio que vê passando,
obrigado a viver consigo mesmo.
Há um homem que chora em uma barca,
em uma barca que não navega,
que esta inundada de água de chuva,
de água do rio
e das lágrimas do homem em terra.
Há um homem que amanhece em um alba escura e profunda,
esperando a luz de um novo dia,
um alba que sempre é preta,
para voltar a afundar-se no seu pranto.
Eu vi a esse homem passar a meu lado,
vim a sua face,
e soube tudo isto em Barca D'Alva.
2 comentarios:
yo
supe
todo
ESTO
leyéndo(te)
mil besos*
os olhos parados
a rasar a noite
um gelo aquático
sorvendo da margem
[ mais perto que
pon te,
estação-fantasma(s
~
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