Tua voz soa na casa de correio dó meu telemóvel,
distante e cega a meus olhos,
carta sem letras.
Sei que quer falar comigo tua voz,
noto como ela me chama,
como se adentra em meu corpo
inscrevendo-se em minha alma,
que está cansada de tanto não escutarte com meu corpo no teu.
Ecoa tão dulce tua voz,
tão puramente carnuda,
como [diospiro], manga, [tangerina], [romá]…
Soa tão carinhosa como as lágrimas que nos choramos,
firme como a vontade que tu pões em viver
e tentar não morrer um pouco a cada dia,
que também é a viagem no qual eu,
agora,
me estou inventado a mim mesmo.
Mas tua voz soando na casa de correio,
não é nem serás tu,
porque apesar de tudo o que és nela,
é somente tua memória de ti em mim o que tua voz diz
e eu a escuto a estes dois da madrugada,
perguntando se estou desperto
ou se efetivamente os sonhos são reais.
E não tenho a ninguém que me responda,
exceto a mim mesmo,
exceto a tua voz onde não estás,
em onde habitas sem habitar e sem forma,
se não é para minha alma.
Alma que sempre desperta a tua voz,
à qual sempre tua voz ressuscita,
apesar da distância,
das horas,
dos telemoveis
e apesar inclusive deste poema
e de todas as palavras que o escrevem.
distante e cega a meus olhos,
carta sem letras.
Sei que quer falar comigo tua voz,
noto como ela me chama,
como se adentra em meu corpo
inscrevendo-se em minha alma,
que está cansada de tanto não escutarte com meu corpo no teu.
Ecoa tão dulce tua voz,
tão puramente carnuda,
como [diospiro], manga, [tangerina], [romá]…
Soa tão carinhosa como as lágrimas que nos choramos,
firme como a vontade que tu pões em viver
e tentar não morrer um pouco a cada dia,
que também é a viagem no qual eu,
agora,
me estou inventado a mim mesmo.
Mas tua voz soando na casa de correio,
não é nem serás tu,
porque apesar de tudo o que és nela,
é somente tua memória de ti em mim o que tua voz diz
e eu a escuto a estes dois da madrugada,
perguntando se estou desperto
ou se efetivamente os sonhos são reais.
E não tenho a ninguém que me responda,
exceto a mim mesmo,
exceto a tua voz onde não estás,
em onde habitas sem habitar e sem forma,
se não é para minha alma.
Alma que sempre desperta a tua voz,
à qual sempre tua voz ressuscita,
apesar da distância,
das horas,
dos telemoveis
e apesar inclusive deste poema
e de todas as palavras que o escrevem.
1 comentario:
há instantes em que a voz
é corpo alma
e o mundo inteiro
[ que é pequenino
quando o som tece rumores
correntes penas estrelas
habitações e flores
*
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