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falar da poesia musical dos olhos dos lugares alheios aos nossos
pesares
antecipar o mel duma voz por nascer
[ de hampstead a roma por fim-possamos esquecer isso
agora e então
descansar na erva sentar-se embeber-se dum sorvo azul
escrever-a-passear no passeio largo de madeira
fechar os olhos sem ler e não dizer - sim, também creio john que
o poeta há-de ter sempre corpos estranhos e mesmo melros em si e
porém
não deve preenchê-los nem dar-lhes tanta voz
] antes de lado mastigar erva saber que pouco importa senão
ouvir as águas como as primeiras águas
a mão na mão era o romantismo john e podia não ser senão
a mão-na-mão assim a
amanhecer a sorrir a criar borboletas [ antes da viagem três
saltar cordas de tempo inscrições e nós e-nós?
chamar o único nome que aquece-ali um nome que cosa linhas
[ tão-inteira na seta do espelho a
crescer da boca em lírio a bordar o chão a não morrer nunca
] senão da tua morte depois e sim-sim havia que romper
e romper-sempre john romper-o-sempre esquecer todas as palavras e
a fome que te consumiram e apenas-tão-apenas-john dares-te de-cor
2 comentarios:
se há corpos que reincarnam, há vozes que os revelam...
Desincarnando as palavras agora, como alucinações.
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