No inicio, caminhei por diante de
mim,
destrozando a floresta toda,
sem atender a mais nada que ao
que aparescia,
pretendendo ser o descubridor da
fonte,
dando golpes de machete a tudo,
matando a vida sem conhecemento.
Depois, caminhei ao meu lado,
atento eu a nao romper nada,
preveendo as fervenzas e as
simas,
respeitando o natural dos matos,
afastando, sem partir, os ramos
picudos,
olhando em cada regato uma fonte.
Finalmente, vou por diante de
mim,
esclarezco o meu caminho para mim
proprio,
sempre atento, sempre, porque eu
mesmo venho por trás,
com o meu olhar e o meu coraçao
ja abertos ao trilho,
ao percurso de viver e ser,
sem medo de romper nada, de cair
por fervenzas,
simas ou enganarme na direcçao do
percurso.
Sei a onde vou e o que quero,
sei que estou no caminho certo,
porque ja fum tudo o que dijem
que fum,
porque ja nao o sao,
porque ja bebim da fonte eterna
do que quero,
porque ja sei onde está a agua
que me alimenta,
porque ja nao pretendo descubrir
nada,
porque ja nao quero regato nenghum,
porque ja cheguei a verdade.
Porque ja fiz amor contigo.
Natal 2016.
2 comentarios:
o tempo que essa água da fonte demorou... tanto tempo perdido, tanta vida gasta, tanta morte acolada: eu olho pelo tubo do passado a amplidão inteira.
ainda.
passará algum dia esse lugar de ser dor?
Gosto deste poema em palavras, mas gostava bem mais de o seres sem palavras, pura obra.
o amor são os feitos, diz Pessoa.
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